21/06/2012 10h41
- Atualizado em
21/06/2012 10h41
Seleção da França garante paz,
mas imprensa não acredita
Após problemas em 2008 e 2010, franceses falam em nova crise no elenco e discussão entre Ben Arfa e Nasri. Comissão técnica desmente
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A seleção francesa viveu tantas crises nos últimos quatro anos, que nem
25 desmentidos fazem a diferença. Após o elenco e o treinador Laurent
Blanc minimizarem as discussões no vestiário depois da derrota para a
Suécia por 2 a 0, na terça-feira, foi a vez de até o auxiliar técnico
Alain Boghossian tentar apagar o incêndio em entrevista coletiva nesta
quinta em Donetsk. Ajudou pouco já que o principal jornal esportivo
francês, o "L'Equipe", publicou nesta mesma quinta detalhes do que teria
ocorrido em Kiev.
- Houve discussão, sim, mas foi coisa de vestiário depois do jogo. Teria sido pior se nada tivesse acontecido. É o mesmo que com um casal, se você somente varrer os problemas para baixo do tapete, uma hora eles irão explodir. A derrota para a Suécia foi um golpe duro, havia muita frustração no ar. Eles poderiam ter socado as portas, mas preferiram falar sobre o assunto em vez disso - disse o assistente técnico da seleção, o ex-zagueiro Alain Boghossian, campeão do mundo contra o Brasil em 1998.
- Não foi nada parecido com Knysna. O fogo aqui já foi apagado. Tensões são normais, mas não há nada quebrado aqui. De cabeça quente, às vezes se diz coisas estúpidas, mas depois de tomar banho, tudo se esfria de novo.
Não entre os jornalistas franceses. Os problemas da “era Domenech”, que começaram na Euro 2008, em que os franceses também foram eliminados na primeira fase sob alegações de desentendimentos entre os jovens e os veteranos do grupo, fizeram com que poucos acreditem em desmentidos. A lógica é: se o que foi negado anteriormente provou-se verdade, por que seria diferente agora?
Um dos jogadores que mais gera assunto na imprensa francesa é o meia Nasri, que já na estreia virou notícia pelo gesto de silêncio, com o dedo na boca, na comemoração do gol marcado no empate em 1 a 1 com a Inglaterra. O ato foi direcionado à tribuna de imprensa, por causa das críticas que o meia do Manchester City recebera de um jornalista do "L'Equipe". Segundo jornalistas franceses, Samir Nasri teria problemas de relacionamento com boa parte do elenco, o que teria sido o motivo da sua não convocação para o Mundial de 2010. O atacante Franck Ribery, com quem Nasri deixou o estádio conversando na terça-feira, seria um dos poucos a ter boa relação com o meia. Boghossian, porém, negou qualquer divisão no grupo.
Como se não bastasse tanta polêmica, a França acaba de perder uma invencibilidade de 23 jogos e na próxima partida, sábado, terá pela frente a campeã europeia e mundial Espanha. Um dos jogadores mais experientes do elenco e que também estava na África do Sul, o meia Florent Malouda, disse na véspera que existe apenas uma solução para evitar nova volta para casa com crise na seleção francesa.
- Nós precisávamos de uma discussão para resolver as coisas antes de sábado. Havia alguns demônios adormecidos. Então, foi bom para resolver as coisas, senão poderia ser pior depois em caso de derrota. Numa Eurocopa, você não pode achar que vai brilhar sozinho. Temos que encontrar um equilíbrio entre os objetivos do grupo e os objetivos individuais.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM
Nasri e Ben Arfa teriam discutido após a derrota para a Suécia (Foto: Agência Reuters)
Segundo o diário, o problema principal ocorreu entre os meias Hartem Ben Arfa, Samir Nasri
e o treinador. Blanc teria se irritado ao entrar no vestiário após o
jogo e ver Ben Arfa tranquilamente ao celular. O técnico teria dito que o
jogador não precisava falar com a família dali e Ben Arfa, que fizera
sua primeira partida como titular, respondeu se queixando por ter sido o
primeiro a ser substituído contra os suecos. Ao ouvir o companheiro
dizer que havia outros jogando pior do que ele, Nasri entrou na
discussão que terminou com Ben Arfa pedindo para ser mandado de volta
para casa.- Houve discussão, sim, mas foi coisa de vestiário depois do jogo. Teria sido pior se nada tivesse acontecido. É o mesmo que com um casal, se você somente varrer os problemas para baixo do tapete, uma hora eles irão explodir. A derrota para a Suécia foi um golpe duro, havia muita frustração no ar. Eles poderiam ter socado as portas, mas preferiram falar sobre o assunto em vez disso - disse o assistente técnico da seleção, o ex-zagueiro Alain Boghossian, campeão do mundo contra o Brasil em 1998.
Boghossian garante que a discussão foi coisa
normal de vestiário (Foto: Agência EFE)
Boghossian também fazia parte da comissão técnica de Raymond Domenech
na África do Sul, em 2010, quando a campanha terminou na primeira fase,
com direito a greve dos jogadores e o atacante Nicolas Anelka sendo
cortado por indisciplina durante o torneio. Mas ele assegurou que o
clima em Donetsk passa longe do da concentração francesa na cidade
sul-africana de Knysna há dois anos.normal de vestiário (Foto: Agência EFE)
- Não foi nada parecido com Knysna. O fogo aqui já foi apagado. Tensões são normais, mas não há nada quebrado aqui. De cabeça quente, às vezes se diz coisas estúpidas, mas depois de tomar banho, tudo se esfria de novo.
Não entre os jornalistas franceses. Os problemas da “era Domenech”, que começaram na Euro 2008, em que os franceses também foram eliminados na primeira fase sob alegações de desentendimentos entre os jovens e os veteranos do grupo, fizeram com que poucos acreditem em desmentidos. A lógica é: se o que foi negado anteriormente provou-se verdade, por que seria diferente agora?
Um dos jogadores que mais gera assunto na imprensa francesa é o meia Nasri, que já na estreia virou notícia pelo gesto de silêncio, com o dedo na boca, na comemoração do gol marcado no empate em 1 a 1 com a Inglaterra. O ato foi direcionado à tribuna de imprensa, por causa das críticas que o meia do Manchester City recebera de um jornalista do "L'Equipe". Segundo jornalistas franceses, Samir Nasri teria problemas de relacionamento com boa parte do elenco, o que teria sido o motivo da sua não convocação para o Mundial de 2010. O atacante Franck Ribery, com quem Nasri deixou o estádio conversando na terça-feira, seria um dos poucos a ter boa relação com o meia. Boghossian, porém, negou qualquer divisão no grupo.
Nasri e a polêmica comemoração contra a Inglaterra (Foto: Agência Reuters)
- Os jogadores estão sempre juntos, todos falam com todos, eles jogam
videogame juntos, eles fazem as refeições juntos, sorrindo. Cabe a Samir
Nasri provar que não se abala com as críticas, mas acho que ele é forte
mentalmente o suficiente para lidar com elas.Como se não bastasse tanta polêmica, a França acaba de perder uma invencibilidade de 23 jogos e na próxima partida, sábado, terá pela frente a campeã europeia e mundial Espanha. Um dos jogadores mais experientes do elenco e que também estava na África do Sul, o meia Florent Malouda, disse na véspera que existe apenas uma solução para evitar nova volta para casa com crise na seleção francesa.
- Nós precisávamos de uma discussão para resolver as coisas antes de sábado. Havia alguns demônios adormecidos. Então, foi bom para resolver as coisas, senão poderia ser pior depois em caso de derrota. Numa Eurocopa, você não pode achar que vai brilhar sozinho. Temos que encontrar um equilíbrio entre os objetivos do grupo e os objetivos individuais.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM
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